domingo, 17 de outubro de 2010

- Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

Hoje, assinala-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

A pobreza é um flagelo que afecta uma parte significativa da população mundial. Muitos seres humanos continuam a viver e a morrer em condições degradantes. Cerca de 1,2 mil milhões de pessoas (20% da população mundial), vive penosamente, muito abaixo do limiar mínimo da pobreza (com menos de um dólar por dia); 850 milhões de seres humanos sofrem de fome e 30 mil morrem de causas directamente relacionadas com a pobreza.

Apesar de a União Europeia ser uma das regiões mais ricas do mundo, 17% da sua população não tem os meios necessários para satisfazer as suas necessidades mais básicas.

Viver na pobreza é sinónimo de ter habitação precária ou não ter alojamento, ter saúde precária e não ter acesso ao sistema de saúde ou tê-lo de forma muito limitada, não ter acesso à educação, não ter acesso à formação profissional, não ter acesso a actividades de lazer, ser excluído financeiramente ou ser sobreendividado, ter acesso limitado às tecnologias modernas, como a internet e outras, entre outras.

Os grupos sociais que correm mais riscos de serem pobres são os desempregados, os idosos e reformados, as pessoas com baixo nível de educação, formação ou habilitações, os trabalhadores precários, os deficientes ou os doentes crónicos, os dependentes do álcool, drogas ou outras substâncias deste tipo, as famílias monoparentais, os jovens adultos, as crianças, os imigrantes, as pessoas com problemas de saúde mental, as mulheres e os ciganos, entre outros.

Dada a sua natureza multi-dimensional, a estratégia de combate à pobreza e à exclusão social nos países europeus e também em Portugal passa pelas seguintes acções: eliminar a pobreza infantil, eliminar a pobreza dentro das famílias, facilitar o acesso ao mercado de trabalho, à educação, à formação, ao bem-estar, vencer a discriminação em geral, procurar resolver as causas da pobreza relacionadas com o sexo e a idade, combater a exclusão financeira e o sobreendividamento, combater a habitação precária, combater a exclusão habitacional e promover a inclusão social dos grupos vulneráveis.

O primeiro Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) é erradicar a pobreza extrema e a fome, reduzindo – a para metade até 2015. Alguns progressos têm sido verificados nesse domínio embora os resultados difiram muito de uns países para outros e até de umas regiões para outras dentro do mesmo país.

Há países, particularmente de África, cujos avanços na luta contra a pobreza ou não têm existido ou têm sido diminutos.

Muitos estão optimistas e acreditam que, apesar dos resultados actuais, o alcance do primeiro objectivo é uma missão possível e com custos aceitáveis. Para isso, é preciso que os países desenvolvidos (PD) façam um grande esforço no domínio da ajuda, da redução do endividamento e das concessões comerciais e, naturalmente, no combate à corrupção. Do mesmo modo é necessário que os países em vias de desenvolvimento (PVD) façam esforços importantes para reformular os seus programas de desenvolvimento.

Mas para que isso seja possível precisamos de “governantes do milénio” para o desenvolvimento. Ou seja, que promovam a cultura da educação, a formação e o trabalho digno, que permita aos pobres beneficiarem das riquezas dos seus países.

Os pobres não necessitam de governantes que instituam a cultura do dinheiro fácil e a corrupção.

Comprometidos com os pobres para o seu desenvolvimento, sendo humanos e justos, respeitando os compromissos de 2000, renovados na declaração de Paris e no programa de Accra e reassumidos na última Cimeira.

A responsabilidade pela redução ou prevenção da pobreza cabe aos Governos do países, mas também a todos os cidadãos, individualmente ou integrados em organizações.

A Cáritas, alicerçada nos princípios da Doutrina Social da Igreja, tem contributos válidos nos domínios sócio-políticos. E quer assumi-los, na medida das suas possibilidades.

Quer estar numa atitude verdadeiramente católica, que o mesmo é dizer universal, atenta a todos os problemas e disponível para acolher todas as pessoas. Quer investir numa intervenção social que não se faça “ao sabor dos tempos”, mas estar desperta para os problemas novos e mais complexos, tentando descobrir soluções inovadoras.

Construamos com os pobres um caminho sério, transparente e respeitoso dos direitos humanos fundamentais e invioláveis.

Em 2015, se os ODM não se alcançarem, não teremos desculpas. Será um fracasso colectivo, lamentável e doloroso para os pobres.

Presidente da Cáritas Portuguesa
Eugénio José da Cruz Fonseca

sábado, 16 de outubro de 2010

- JAMBOREE no ar: Escuteiros de todo o mundo em ligação por rádio e internet durante 48 horas

Arrancou ontem, dia 15 de Outubro, uma maratona de 48 horas com ligações de todo o mundo em rede no JOTA/JOTI 2010. Trata-se de um evento oficial da Organização Mundial do Movimento Escutista que é realizada todos os anos na terceira semana de Outubro este ano sob o lema "o direito de ser ouvido”. Durante o fim de semana, milhares de escuteiros de todo o mundo interagem uns com os outros, via rádio amador e/ou internet.
Através do Jamboree On The Air (JOTA), os escuteiros podem comunicar uns com os outros através de frequências de rádio, com o apoio de rádio amador de diferentes países, no mundo. Esgueira já se prepara para a primeira noite. Vítor Rocha explica que se trata de um momento marcante. “Os escuteiros de Esgueira vamos estar o Centro Cultural de Esgueira com o apoio de um radio-amador. Temos esse apoio e vamos estar a partir das 23h30 numa iniciativa que termina no domingo às 17h00. Às 23h30 será lida uma mensagem dos chefes nacionais para todo o mundo. O agrupamento tem 136 elementos e vamos aguentar no ar por turnos”, explica Vítor Rocha.
Este evento permite criar amizades com escuteiros de outros países e aprender mais sobre o escutismo no mundo. Os escuteiros de Esgueira (Corpo Nacional de Escutas (CNE) e Fraternidade de Nuno Álvares (FNA), em conjunto, vão operar desde as 00h00 de hoje a partir do Centro Cultural de Esgueira.

in, Terra Nova

domingo, 10 de outubro de 2010

- Efeitos da crise economica e financeira no escutismo.


"Uma crise financeira global de grandes proporcões tem, inevitavelmente impacto em todas as organizações que existem no mundo..." (Christos,M.)
Já se encontra disponível no site do CNE a recente publicação do Comité Europeu do Escutismo sobre os possíveis efeitos de uma crise económica e financeira no Escutismo.
Para fazer o download do documento através do site do CNE, basta aceder a Documentos> Recursos> Destaques ou clicar aqui.

sábado, 9 de outubro de 2010

- Inicio do Ano Escutista

É já no proximo dia 10 de Outubro, pelas 10 hrs na Igreja paroquial de Sangalhos, que vamos dar inicio às nossas actividades.
A todos os escuteiros, este é um convite à presença e participação, aos outros, aqueles que sentem vontade de fazer a experiencia, pois, estamos lá, nós os dirigentes, para vos acolher...



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- A vida é uma missão...

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                                [uma visão nosso chefe de agrupamento, António Sousa]


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- Programa Educativo [versão final]

sábado, 2 de outubro de 2010

- Para reflectir

SANGALHOS: Agrupamento 681
Iniciámos hoje a preparação do arranque de um novo ano escutista. Interessa-nos acima de tudo, sabermos quem somos e ao que vamos. Interessa-nos reflectir! Neste contexto, deixamos-lhe um desafio, - dê aos seus filhos a experiencia de se prepararem para novos desafios...

«(...) O Escutismo, Escola de Educação
O Escutismo mostra hoje grande vigor e dinamismo. Tem conhecido nos últimos anos uma expansão notável e prestado um contributo precioso à educação integral dos jovens. Tornou-se um movimento prestigiado e procurado. Muitos pais desejam introduzir os seus filhos no Escutismo, muitos adolescentes, crianças e jovens se interessam e dedicam a este movimento. O Escutismo, como método de educação, vai de encontro a necessidades hoje sentidas, adapta-se à sensibilidade das novas gerações e apresenta uma pedagogia que mostra a sua eficácia pelos frutos alcançados.
Verificaram-se, entretanto na sociedade, profundas mudanças culturais com reflexos consideráveis no estilo de vida e nos valores dos jovens. Estas mudanças colocam alguns problemas à educação dos mais novos.
Reconhecendo a actualidade dos princípios e valores do Escutismo, desejamos chamar a atenção para as exigências que as novas condições culturais e eclesiais apresentam à acção educativa deste movimento para que, mantendo a fidelidade às orientações do seu fundador Baden-Powell, continue a ser uma escola de educação humana e cristã, de modo a formar pessoas felizes, solidárias e participativas no bem comum, social e eclesial.
Por esta razão, destinamos a presente exortação aos elementos mais responsáveis do Escutismo, a todos os educadores empenhados num projecto de educação global e aos jovens interessados nos verdadeiros valores da vida.
Os jovens estão na idade de construir o futuro e definir um projecto pessoal de vida. Nesta fase de determinação do rumo da existência são influenciados pelos modelos apresentados pelos adultos, pelos valores veiculados pelo ambiente social e pela orientação das instituições educativas. Os jovens da nossa época são muito diferentes entre si consoante as influências que receberam e as opções que fizeram na sua vida.
Ora a influência do ambiente social e cultural é hoje muito complexa e diversificada. Anos atrás, a orientação educativa vinha predominantemente da família, da escola e da Igreja. Nos últimos tempos, porém, a juventude adquiriu maior autonomia face a estas instituições e tornou-se mais dependente da moda, dos grupos, da televisão e do ambiente social. A família, ameaçada pela dispersão, nem sempre se apresenta capaz de transmitir valores e referências éticas. A escola, que se prolonga por um leque etário mais amplo, não resolve completamente a educação moral. A catequese paroquial, só por si, apesar do esforço de renovação, não alcança todos os frutos desejados. A televisão exerce uma influência mais profunda, mas nem sempre positiva.
Variadas análises sociais chamam a atenção para a crise de valores da actual cultura massificada: o hedonismo, o culto do corpo e da aparência exterior, o prevalecer dos direitos individuais sobre os deveres, a tentação do dinheiro fácil, a febre do consumismo, o imediatismo, a tendência para o erotismo e para o luxo. Este ambiente cultural favorece o aparecimento de um tipo de pessoa com algumas características predominantes: a superficialidade, o narcisismo, a frivolidade, o vazio de referências éticas, a contestação da autoridade, a permissividade moral.
De muitos lados se faz ouvir o alerta sobre esta crise de valores, muita gente se preocupa seriamente com o vazio de ideias e de projectos na vida das pessoas, designadamente dos jovens e as consequências negativas que brotam deste vazio. Esta situação parece estar na origem de algumas preocupantes chagas da nossa sociedade: a delinquência juvenil, a violência e a agressivadade, o recurso à droga.
Existem também sinais de esperança. As pessoas em geral, e os jovens de forma especial, mostram-se sensíveis à solidariedade, preocupados com a paz e a justiça; nota-se na geração actual uma maior abertura ao Transcendente e o interesse pela dimensão espiritual; a questão ecológica, a necessidade de um projecto de vida, são hoje preocupações de muita gente; a própria adesão ao movimento escutista manifesta a procura de valores e propostas educativas. Apresentam-se, portanto, possibilidades de educar para os valores humanos e de evangelizar a actual geração. (...)»

In, [EXORTAÇÃO PASTORAL DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL SOBRE O ESCUTISMO, ESCOLA DE EDUCAÇÃO